sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O cavaleiro Cortado ao Meio

Ontem saí da escola, agora já nem sirvo para esmola.
Fui trespassado por um varão, ferido, triste, sem nada aqui, estou caído no chão, apenas oiço gritos, mas ninguém me alberga, nesta batalha éramos peritos, não olhávamos para aquela à nossa direita, mencionada de morte, eu dizia para ir contra o inimigo, com artilharia, as bestas e o meu esquema, trespassei doze, não queria, mas era este o meu lema. “Sim meu coronel”, dizia eu no quartel, pois bem dizia, mas enfrentar a morte é um incidente, eu agora designo a palavra “fatalmente”.
Toda esta tristeza em quatro minutos porque enfrentei, pelo meu pais, lutei, por ele chorei, para a minha vida agora estar acabada, eu que bebia copos com a verdade, agora estou com a morte de mão dada.
Aqui estou a desfalecer, sem nada para te dizer, aliás apenas cinco frases para te esclarecer:
- Isto pela tua independência , pelo teu futuro, mas uma coisa eu te digo, por tudo o que é puro, morro cortado ao meio, eu sei que é feio, mas agora vou fechar os olhos, porque disse o que tinha a dizer, morri com prazer, pelo teu país.





Miguel Pereira nº 12
O Jogo das Contas de Vidro

Há muito, muito tempo, num país chamado Jogalândia havia muitos jogos como o Xadrez, Damas, Copas, entre muitos outros.
Houve um dia que parecia igual a tantos outros, às sete e meia da manhã, os três anciões do jogo acordaram e decidiram inventar um jogo completamente novo e inovador e então decidiram começar imediatamente.
Quando começaram a construir o jogo precisaram de vários materiais, vidro madeira, tintas e contas, e então lá começaram a construir o seu jogo.
Primeiro cortaram a madeira para fazer o tabuleiro do jogo em forma de hexágono, desenharam no tabuleiro em quatro fatias e pintaram o tabuleiro com várias cores e, por fim, para acabarem o tabuleiro, colocaram em cima dele uma placa de vidro.
Duas semanas depois começaram a trabalhar nas peças do jogo. As peças eram parecidas com as do xadrez e feitas em vidro. Estando o jogo finalmente acabado de construir, inventaram as regras.
O objectivo do jogo era eliminar os contas do adversário e penetrar com todas as contas pelo adversário até ao lado dele.
Quando, um dia, a aldeia, onde o jogo estava a ser testado, foi atacada pelas cartas demoníacas assassinas os anciões, para protejer o jogo, decidiram escondê-lo, mas, por acidente este sofreu um acidente. O jogo adquiriu poderes mágicos e passou a emitir uma luz branca e muito intensa e depois desapareceu como por milagre, ao mesmo tempo que as cartas assassinas apareceram e mataram os anciões.
Cem mil anos depois o jogo apareceu numa cidade ao pé de um rapaz chamado Timmy. O rapaz leu as instruções e disse ao irmão para jogar com ele e então os dois, quando estavam a meio do jogo das contas de vidro, foram teletransportados para a Jogolândia…
Num dia de manhã eles apareceram em casa e começaram a relatar as suas aventuras na Jagolândia.
Trabalho realizado por: Tiago Campos, nº21, Turma: PTIG
Terra Sonâmbula

Finalmente chegou o dia por que tanto esperei, acabaram as aulas e vou poder ir passar férias para um sítio totalmente diferente.
Ainda não sei para onde os meus pais querem ir, eles dizem que querem ir para um sítio onde não conhecem ninguém, precisam de conhecer sítios e pessoas novas.
Amanhã vamos partir, vamos explorando terras até descobrirmos a perfeita para as nossas férias, só espero que eu goste.
Passámos por tantas terras e nenhuma era boa, todas tinham um defeito, mas, finalmente, encontrámos uma que agradava a todos, chegámos há pouco tempo e acabei agora mesmo de me instalar num dos quartos da pensão que os meus pais escolheram, a pensão parece-me ter um ambiente agradável e a vila também.
Já falei com os meus pais e depois do almoço vou dar uma volta para conhecer a vila e pode ser que encontre alguém para conhecer, já que vou cá ficar duas semanas.
Pode parecer estranho, mas corri a vila de uma ponta à outra e não vi uma pessoa que seja, não vi nem um passarinho nas árvores, nem um cão a vaguear pelas ruas, será que somos os únicos existentes aqui?
Ao fim de uns minutos descobri que não éramos os únicos, vi finalmente pessoas, aproximei-me de um grupo de raparigas que estavam por ali no jardim a ouvir música e elas foram muito simpáticas para mim, fizeram com que me sentisse super à vontade e até me convidaram para sair com elas depois de jantar, para irmos a um bar ali perto ouvir um pouco de música e conversar.
Assim que voltei para a pensão contei aos meus pais que já tinha feito amizades e que depois de jantar ia ter com as raparigas ao tal bar.Os meus pais concordaram sem qualquer problema.
E assim foi, logo depois de jantar fui ter com elas ao bar, foi espectacular, divertimo-nos imenso e passámos a noite a rir.
Este programa repetiu-se por muitos dias, só havia uma coisa estranha, todas as noites, sempre que estava a tentar adormecer, ouvia uns barulhos estranhos na rua, era como se as pessoas andassem pelas ruas a fazer a vida delas como se fosse de dia, mas nunca dei importância, pensava que era apenas imaginação.
Mas aquilo repetiu-se durante tantas noites que finamente decidi sair à rua e ver o que se passava, quando dei por mim a olhar para montes de pessoas que andavam ali na rua tipo zombies. Fiquei sem reacção, nem tive a reacção de chamar as pessoas e perguntar o que estavam ali a fazer, ao fim de uns segundos olhei para o lado e vi uma das raparigas que tinha saído comigo a dirigir-se par uma estrada que parecia não ter fim.
Decidi ir atrás dela, para ver o que se passava. Foi quando vi uma lagoa linda para onde ela se estava a dirigir, ela atirou-se lá para dentro e quase ia morrendo afogada, eu corri para a salvar e por sorte fui a tempo, se eu não estivesse ali ela podia ter morrido. Cheguei à conclusão que aquelas pessoas eram sonâmbulas, aquela era uma terra sonâmbula.
Quando contei aos meus pais eles não acreditaram e chamaram-me maluca, disseram que era apenas um sonho, mas não era, tenho a certeza.
Tenho a certeza que aquela era uma terra sonâmbula!

Milene Campos Nº14 PTIG
O Nome da Rosa

Já há muito, mas mesmo bastante tempo que uma senhora muito bonita tinha flores no seu jardim, este estava com vários tipos de flores, mas o jardim tinha mais rosas do que outro tipo de flores.
Um dia, a senhora estava a cuidar do seu jardim e o marido estava no alpendre a ver a esposa a cuidar das flores, quando o senhor reparou que a sua esposa tinha várias qualidades de flores, mas tinha mais rosas
Ele voltou-se para a esposa e disse: devíamos dar um nome a esta rosa tão bonita quanto tu.
A senhora levantou a cabeça e já vinha com um sorriso de orelha a orelha e disse: "tens razão, mas qual o nome a dar-lhe?" E ficaram a pensar…
No outro dia, quando o senhor estava a voltar do trabalho, viu uma rosa igual àquela que queria dar um nome, ele tirou a faca do bolso e vai em direcção à pernada da roseira e cortou a flor para a sua mulher.
O senhor, ao chegar a casa, com a mão atrás das costas, ao chegar ao pé da sua mulher, disse-lhe:

Oh tu mulher tão bonita
Ao olhar para esta rosa
Vi o teu nome escrito nela
Porque é bela como tu…

A senhora ficou toda feliz e foi em direcção ao seu marido e beijou-o…
À noite, o homem estava ainda a pensar no nome para a rosa e entretanto lembrou-se: "já sei que nome vamos dar à rosa, a partir desta hora vai começar a chamar-se o teu nome, Joana"…
-Mas porquê o meu nome?
-Porque tu és bela como a rosa…
-Obrigado!
E foi assim que se deu o nome à rosa, e "a partir de amanhã vou começar a tratar dela com o maior carinho possível…"

João Lança, nº8, 1ºPTIG
O Inventor de Passados

Após ser demitido, Samuel, que trabalhava num arquivo de identificação, a sua vida começou a correr um pouco mal, começando por perder a sua namorada e os problemas de saúde que a sua mãe tinha não paravam de o atormentar. Agora, sem emprego, seria ainda mais difícil tratar do problema dela e dos seus também, como as dívidas que tinha que pagar.
Samuel andou pela cidade inteira em entrevistas de trabalho à procura de emprego, mas sem sucesso, o que o ia deixando mais deprimido. Com todo este stress, acaba por acontecer algo já previsível, mas muito mau: a morte da sua mãe. Desde aí nunca mais teve vontade de fazer fosse o que fosse, passava os dias ou trancado em casa ou vagueando pelas ruas da cidade, sempre na solidão.
Certo dia, encontrou um grupo de pessoas, perto de um cais, que lhe chamou a atenção, talvez porque se pareciam com ele, na desgraça e na própria solidão. Samuel começara a rondar cada vez mais aquela zona, até que certo dia se meteu com eles. Foi então nesse momento, de ver como os outros estavam, tendo passados dificuldades e problemas, que se lembrou do que poderia fazer para a vida, o trabalho seria ilegal, é uma verdade, mas conseguiria ajudar muita gente e a si próprio, e para mais, ligava a sua antiga profissão ao tal trabalho, com os conhecimentos que tinha, era bem capaz de resultar.
Começou então esse seu trabalho oculto, onde iam aparecendo os passados mais bizarros que podiam existir. O seu trabalho era mudá-los, arranjando identificações e notas que identificassem quem lhe submetera o trabalho de uma forma boa, com um passado apresentável, daí a conseguirem arranjar emprego e/ou uma vida melhor.



Edgar Silva
Nº6 2010/2011
Crime e Castigo

Tudo começou quando um dia, por acaso, nos encontrámos novamente nas compras de Natal.A partir desse dia tudo voltou a ser como era há um ano ou mais atrás.
Neste novo reencontro era tudo perfeito, foi assim que decidimos voltar com uma ralação, aberta e após muitos meses começámos um namoro.
Ele nunca se tinha demonstrado violento comigo nem com amigos, nunca se metia em confusões.
Um dia, após vinte e quatro meses de namoro, houve uma grande confusão com uma ex namorada tresloucada que enviou uma caixa para a minha morada, vinha com um cartão, onde estava escrito o seu nome e quem era - mesmo ela para se meter nas nossas vidas.
Eu abri, tirei a fita, tirei a tampa, e ainda tirei papéis soltos que vinham lá dentro, quando olhei era uma foto minha e do meu namorado lá com uma faca a furar a foto, eu comecei a chorar, assustei-me!
Liguei ao meu namorado que a encontrou minutos depois e falou com ela e a única coisa que ela lhe disse foi: - Nunca mais vão descansar, eu não vos vou deixar se não voltares para mim!
Ele deu-lhe uma chapada, mas foi um impulso, nunca com a intenção de ficar mesmo mal. Ela não reagiu, e foi-se embora.
Quando nos encontrámos, eu e ele falámos sobre o assunto e ele disse: -Se estou contigo, contigo fico até morrer!
Eu fiquei feliz por saber.
Anos mais tarde, cerca de três anos, casámo-nos e já vivemos juntos há dez anos. Agora escrevo aqui que nunca devíamos ter casado, foi a pior coisa que podia acontecer. Acordo agora todos os dias com medo de estar ele a meu lado, para me fazer algo.
A ex-namorada tem sido a pior coisa da minha vida, e a melhor da vida dele, eles encontram-se, eles fazem sexo juntos, posso até afirmar que tem outra.
Ele todos os dias, por volta da 20 horas da noite prepara-se, veste a melhor camisa que tem, os seus sapatos de marca, as suas calças de ganga escura e o seu casaco preto de cabedal e sai para noite.
Eu fico a pensar, tantos anos que pensei que tudo ía ser perfeito, ele tinha dito que ía ser para sempre comigo, mas pelos vistos estava a mentir quando o disse. (Alguns anos mais tarde volto a escrever).
Há dois ou três dias encontrei-a e pensei “vou ter de fazer alguma coisa”, foi assim que aconteceu.
A minha cabeça já andava saturada por tudo o que estava a acontecer naquela altura.
Escrevo aqui e já admiti perante familiares, amigos e juiz! Matei-a!
Agora encontro-me aqui, na prisão, a escrever a continuação do acontecimento que escrevi á anos.
Com este acto estraguei tudo, estraguei a vida dos seus familiares, dos meus e dela, fui estúpida, fiz tudo por amor e agora o meu ex. marido, se já o posso chamar assim está no estrangeiro com “amigas”, eu aqui infeliz, ela noutro mundo e ele nunca mais quis saber de mim.
Por amor fazemos qualquer coisa sem pensar que só depois de tudo percebemos que a única que fizemos foi estragar as nossas vidas.
Acabo aqui o desabafo, e espero que quem ler isto perceba o meu acto e que tudo o que fiz foi por um amor antigo, e que apesar de tudo permanece.




Melina Guerreiro Nº11 PTIG
A Casa da Cabeça de Cavalo

Era uma vez, numa terra longínqua e misteriosa, situada algures no centro do continente Asiático, perto da cordilheira dos Himalaias, existia uma lenda antiga de uma fortaleza de guerreiros temíveis e sanguinários, que só se sentiam bem com a morte de aldeões de aldeias e vilas próximas. Dizia-se que esses guerreiros se punham em marcha para atacar ao anoitecer, nos dias em que a lua estava cheia, ou lua nova, ou em quarto minguante, ou em quarto crescente, bem, praticamente era quase todos os dias, para ser mais preciso, era quase todas as noites.
Há relatos de pessoas que dizem que nessa fortaleza havia uma casa com uma cabeça de cavalo por cima da porta. A casa da cabeça de cavalo era a casa do chefe da fortaleza. Esse chefe era um busto de pedra que estava por cima da lareira que se transformava em pessoa todos os dias ao amanhecer. Esse chefe da aldeia era assim, porque ele era um centauro que foi trespassado pela espada de um guerreiro de uma aldeia saqueada por os seus guerreiros também centauros. Bem, esse guerreiro era dotado de um dom de magia,pois quando ele trespassou o chefe centauro lançou um feitiço que o separaria do seu corpo de cavalo. Então, subitamente, o chefe centauro, na sua metade humana, ficou aprisionado nessa forma de estátua e a sua metade de cavalo sofreu um processo diferente, esse processo foi que na casa do chefe centauro, por cima da porta nasceu uma cabeça de cavalo de metal estranho.
Pronto, e assim nasceu a lenda.

David Lourenço nº 5